Eleições chegam…
O patrão induz os funcionários a usar camisetas, adesivos, cartazes e diferentes brindes do seu candidato preferido.
Como temos hoje, um país polarizado, dividido em 2 blocos, acabamos em situações onde as empresas deixam claro seu apoio político e em certos casos não respeita o direito individual do funcionário para que ele possa, por si só, definir em quem votar.
Mas pode o empregador manifestar a intenção de voto e pedir “apoio” dentro da empresa?
Patrão sem noção
Em 2018, a justiça brasileira e os jornalistas tomaram contato com milhares de casos deste gênero, muito mais vezes do que nos anos passados. Tanto que se tornou comum escutarmos relatos de amigos e parentes que passam por isso, o que caracteriza assédio moral.
Os votos sempre divergiram, sabemos disso, mas este ano temos fatores que tornaram a ação do voto uma verdadeira luta.
Sendo 5 fatores principais:
– DIREITA e ESQUERDA, extremamente firmadas nessas posições;
– O VOTO DE PROTESTO, quem vota, vota para fazer o outro lado perder;
– Ideais de grande valor: igualdade de gênero, homo-afetividade, guiam os votos;
– VOTO ÚTIL, as pessoas só votam em quem está melhor ranqueado nas pesquisas;
– A grave crise econômica leva a questão: quem consegue mudar o quadro atual?
Dentro deste campo minado de ideologias contrárias, chefias e funcionários tem grande chance de conflitarem, e neste caso é nítido o lado mais fraco nesta disputa eleitoral, o empregado.
O que fazer?
“Se ficar comprovado que empresas estão, de alguma forma e ainda que não diretamente, sugestionando os trabalhadores a votar em determinado candidato ou mesmo condicionando a manutenção dos empregos ao voto em determinado candidato, essa empresa vai estar sujeita a uma ação civil pública, inclusive com repercussões no sentido de indenização pelo dano moral causado àquela coletividade”, falou o procurador-geral do trabalho, Ronaldo Curado Fleury, em uma declaração divulgada pelo Ministério Público do Trabalho.
Diante de casos cada vez mais expostos na grande mídia, o MPT- Ministério Público do Trabalho coloca-se à disposição para receber denúncias, ANÔNIMAS ou não, no site: www.mpt.mp.br.
O VOTO É PESSOAL e ser obrigado a votar em alguém, como ocorria antigamente, fere tudo que foi conquistado ao longo de anos.
Não só falando de direitos trabalhistas, mas lembrando que no ato de votar todos temos o mesmo valor, seja um pobre operário ou um diretor de empresa. É uma das poucas situações em que não pode valer hierarquia.
Pense nisso, não deixe de dar sua opinião.
E conheça o projeto Assédio Moral, redes sociais, e ajude assinando o abaixo-assinado no link abaixo:
www.assediomoral.com.br/abaixoassinado